quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

P&R Sampaio da Nóvoa

"Sou o candidato que reúne o apoio dos três presidentes da República”




1 - O que o distingue dos restantes candidatos?
O facto de eu não ter um percurso partidário de décadas dá-me uma isenção, uma independência e imparcialidade que considero serem fatores preponderantes para o exercício da função presidencial. Não tive atividade partidária mas sempre tive atividade política, que são coisas distintas. Quando, no tempo da ditadura, encenei e representei peças proibidas pelo fascismo, foi uma atitude política. Desde os tempos de Coimbra que participo em acesos debates académicos pela liberdade, luta contra o antigo regime, em 1974/75 trabalhei em grupos de dinamização cultural e cívica, trabalhei na Comissão de Extinção da PIDE/DGS, colaborei no jornal República, antes e depois de Abril, participei em campanhas de alfabetização junto de associações, de comissões de moradores, de iniciativas locais, sou o único candidato com experiência na Presidência da República, pois trabalhei vários anos na Casa Civil do Presidente Jorge Sampaio. Tudo isto é experiência política. Uma vida inteira dedicada ao serviço público é, também, uma atitude política. Sou o único que, vindo de um lugar de isenção e independência, reúne as melhores condições para interpretar este novo tempo novo que estamos a viver. Novo tempo requer um novo presidente com esta visão isenta e imparcial. Além disso, sou o candidato que reúne o apoio dos 3 presidentes da República - Ramalho Eanes, Mário Soares e Jorge Sampaio. Quem é que perceberá melhor o perfil e papel que se espera de um Presidente da República? Eu confio no vaticínio e endosso destas 3 figuras da história nacional.


2 - O que vai fazer para reaproximar os cidadãos da figura do/a Presidente da República?
Se os portugueses em mim confiarem o voto, serei um Presidente presente, isto é, junto das pessoas. Uma das coisas que mais tenho ouvido pelo país é que as pessoas se sentem esquecidas. O até atual PR infelizmente tem contribuído para esse esquecimento. Eu serei um Presidente próximo das pessoas. Penso que a política tem que ser bem explicada, com tempo, olhos nos olhos, as decisões têm de ser claras, transparentes, sem opacidades nem partes blindadas, têm de ser apresentadas, discutidas escrutinadas. Reaproximamos os cidadãos do Presidente ouvindo muita gente, gente de carne e osso, e não apenas os números. Correndo o país, visitando os sítios onde estão as pessoas, e não apenas as sedes da intriga, prometendo lugares aos apoiantes ou assentando arraiais nos estúdios de televisão.

3 - De que forma pode o/a Presidente da República voltar a pôr em agenda e contribuir para a solução do problema da desertificação do país?
Portugal não tem parado de encolher nas últimas décadas. Travar a desertificação humana do interior do país é uma questão de sobrevivência, não apenas do interior mas de todo Portugal.
Portugal é hoje infelizmente um país bloqueado: bloqueio económico, um bloqueio social e um bloqueio institucional. Falo do défice de qualificações que trava a nossa economia. Falo da fratura social, que se manifesta pela pobreza ou pelas desigualdades, pela desertificação e abandono do interior do país ou pelo desemprego e emigração. Falo da degradação da confiança dos cidadãos nas instituições democráticas. Para ultrapassarmos, juntos, estes bloqueios, precisamos de uma estratégia nacional e de uma Presidência capaz de unir diversas forças em torno de um objetivo, de uma ideia de futuro. E defendo um Compromisso Estratégico para um Crescimento Partilhado que, passando pela Assembleia da República e pela Concertação Social, assegure a estabilidade de políticas de qualificação e solidariedade para além do ciclo curto da legislatura, que consagre medidas específicas, entre outras, de combate à desertificação.

4 - Como é que vê o território da região de Leiria no contexto nacional?
Leiria tem sofrido muito com a crise de austeridade e a asfixia social e económica dos últimos anos. Mas é uma região com um enorme potencial que não pode ser desperdiçado. Conheço bem a qualidade do ensino em Leiria, que se tem afirmado, e não podemos continuar impávidos perante a emigração dos jovens que, depois de os pais terem apostado na educação e na qualificação, vêm os seus filhos emigrarem por falta de oportunidades de emprego. Leiria tem de apresentar condições para que as pessoas se fixem na região, invistam na região, apostem na região. Mas isso não se faz com desajustamentos administrativos, não se faz com serviços de saúde deficitários em que as pessoas têm de deslocar-se quilómetros para conseguirem atendimento acreditado. Leiria não pode ser um centro de passagem entre duas autoestradas. Nem pode ser uma região de tamanhas assimetrias: a grande dinâmica do litoral com médias de empregabilidade, de poder de compra e de bem-estar acima das médias do país, contrasta com os concelhos do norte do distrito (Ansião, Alvaiázere, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera e Pedrógão Grande) a caminho da desertificação e os acessos ainda são muito deficientes de modo a poderem atrair a fixação de empresas. Se alguns dos temas, pela sua especificidade não são da direta responsabilidade do PR, o combate às assimetrias regionais deve ser uma das preocupações centrais de um Presidente da República. E, neste caso, a região tem um potencial, uma centralidade única, uma posição geográfica, um tecido empresarial, uma força social, uma resiliência que merecem por parte dos poderes centrais outro tipo de atenção.

P&R Marisa Matias

"Abrirei as portas do palácio de Belém para que ele seja de todos"



1 - O que a distingue dos restantes candidatos?
Sou de uma geração que já cresceu com os direitos constitucionais da democracia, uma geração que foi tendo acesso, mesmo que gradual, à saúde pública, à escola pública, aos serviços públicos e que é a mesma geração que os viu serem atacados pela austeridade e pelo ciclo de empobrecimento que vivemos nos últimos anos. Muitas das pessoas da minha geração nem sequer sabem o que é um contrato de trabalho e muitas pessoas de todas as idades foram forçadas a emigrar. Conheço bem o país por dentro e a partir de fora, não me enganam com as mentiras sucessivas dos últimos anos que impuseram tantos sacrifícios aos portugueses por causa de supostas imposições europeias. Não alimentarei esta mentira e tenho pena de ver políticos tão experientes a desistir do país. Candidato-me para defender o país, aqueles que aqui vivem e os que querem viver. Para garantir que o que está na Constituição é mesmo para cumprir. Para que a precariedade ou o desemprego não sejam a regra para os mais novos, as pensões de miséria a regra para os mais velhos, para que as crianças tenham todas as mesmas oportunidades. Candidato-me em nome da esperança de um novo ciclo político em Portugal, que recupere os rendimentos e a dignidade, um ciclo que não pode ser travado em Belém.


2 - O que vai fazer para reaproximar os cidadãos da figura da Presidente da República?
A Presidente da República está numa posição única para dar voz e pôr em diálogo os sectores da sociedade que têm sido mais esquecidos ou mais ignorados. Cabe nas suas funções ser a voz de todos e suscitar todos os debates que permitam melhorar a vida das pessoas, da justiça ao trabalho, da saúde à cultura. Serei uma Presidente que abrirá literalmente as portas do Palácio de Belém para que ele seja de todos. Continuarei a fazer o que tenho feito no exercício do cargo público que exerci, a ir a todos os cantos do país, incluindo aqueles onde ninguém vai. Acima de tudo, pôr a estabilidade da vida das pessoas acima da estabilidade dos interesses económicos das elites, como temos visto até aqui.

3 - De que forma pode a Presidente da República voltar a pôr em agenda e contribuir para a solução do problema da desertificação do país?
Essa é uma questão essencial. O que assistimos nos últimos anos com o encerramento de serviços como Tribunais, centros de saúde e escolas foi o agravamento das desigualdades territoriais e sociais. Precisamos de coesão, de um país uno, de não aceitar cidadãos de primeira e de segunda. Essa é uma das áreas onde a Presidente pode e deve exercer a sua magistratura de influência. As pessoas não vivem nos locais se não têm acesso aos serviços mais básicos.

4 - Como é que vê o território da região de Leiria no contexto nacional?
É inegável o valor da região de Leiria para o país a nível económico, quer pela indústria variada, quer pelo sector empresarial, quer pela agricultura. No meu entender, o grande problema da região é o das acessibilidades relativas aos transportes públicos. Há duas autoestradas, mas não há caminho de ferro a servir a cidade, com um total desprezo à linha do Oeste. Ter transportes de qualidade é fundamental para a coesão territorial como dizia antes. Outra questão é uma que atravessa todo o país e Leiria não é exceção, infelizmente, que é a das desigualdades sociais.

P&R Edgar Silva

"Leiria ocupa um lugar subalterno no conjunto do investimento nacional"



1 - O que o/a distingue dos restantes candidatos?
Tanto no exercício de poderes de decisão, como no uso do diálogo e da palavra, assumo e assumirei o compromisso da opção pelos mais pobres, pelos explorados, defendendo a justiça social. É um compromisso que tem orientado toda a minha vida.
Defenderei um outro rumo para Portugal que comporte a valorização do trabalho e dos trabalhadores, de afirmação dos seus direitos, que combata a precariedade e o desemprego e aposte na melhoria dos rendimentos e condições de vida dos trabalhadores.
Assim, esta é uma candidatura que não só está profundamente comprometida com a Constituição da República Portuguesa como afirma que há um outro rumo e uma outra política capaz de responder aos problemas de Portugal, este é o principal traço distintivo da minha candidatura que decorre da sua natureza progressista vinculada aos ideais libertadores de Abril, à Constituição da República e ao regime democrático que ela consagra e projeta.


2 - O que vai fazer para reaproximar os cidadãos da figura do Presidente da República?
Defenderei o aprofundamento da Democracia como um fator imprescindível de desenvolvimento e transformação. A participação democrática dos cidadãos em todos os planos da vida coletiva, e na defesa dos direitos, liberdades e garantias, constitucionalmente consagrados, é uma pedra angular do reforço, do enraizamento e do aprofundamento do regime democrático.
Comprometo-me, entre outros objetivos, a promover a participação cívica e política e o diálogo com todas as organizações sociais e estruturas representativas das populações, dos trabalhadores, assim como com as organizações representativas da Diáspora portuguesa.
Simultaneamente o Presidente da República deve promover uma visão do regime democrático português que assenta na complementaridade das diversas vertentes da democracia, social, económica, política e cultural.

3 - De que forma pode o Presidente da República voltar a pôr em agenda e contribuir para a solução do problema da desertificação do país?
O grave problema da desertificação do país, a divisão entre interior e litoral, tem em Leiria um exemplo concreto que divide o próprio Distrito. 
A contribuição do Presidente para combater esta ameaça à coesão territorial, social e nacional está claramente definida no quadro das sua competências, nomeadamente na exigência de cumprimento, por parte do Governo e demais entidades publicas, do preceituado na Constituição da Republica Portuguesa, no que se refere às tarefas fundamentais do Estado Português, Artigo 9.º  alíneas “d) Promover o bem-estar e a qualidade de vida do povo e a igualdade real entre os portugueses, bem como a efetivação dos direitos económicos, sociais, culturais e ambientais, mediante a transformação e modernização das estruturas económicas e sociais” e “g) Promover o desenvolvimento harmonioso de todo o território nacional...”.
Assim agirei no sentido da mobilização dos diversos agentes públicos e privados e da promoção junto do governo políticas que através de uma aposta no sectores produtivos, na criação de emprego com direitos e na consequente fixação da população promovam o desenvolvimento do interior.

4 - Como é que vê o território da região de Leiria no contexto nacional?
O potencial do distrito de Leiria e a sua capacidade do desenvolvimento está condicionada e fortemente limitada. Arrastam-se há muito problemas nos mais diversos domínios, nomeadamente, nas áreas do emprego, da pobreza, da saúde, da mobilidade, do ambiente, da educação e de sectores da economia regional que urge resolver.
Problemas que exigem o reforço do investimento que tem sido sistematicamente negado, deixando Leiria num lugar subalterno no conjunto do investimento nacional.
Paralelamente exige-se a descentralização das políticas de desenvolvimento regional, através de Poder Regional com a Regionalização, garantindo na sua definição a audição das populações e da sua vontade.
Por outro lado é urgente a elaboração de um Plano Integrado de Desenvolvimento, com a participação dos municípios e dos agentes económicos, sociais e culturais do Distrito.

P&R Henrique Neto

"Combaterei pela mudança das leis eleitorais no sentido do voto nominal dos cidadãos"




1 - O que o distingue dos restantes candidatos?
Quase tudo me distingue das outras candidaturas, principalmente dos três candidatos partidários envergonhados, Marcelo Rebelo de Sousa, Sampaio da Nóvoa e Maria de Belém. São candidatos que vivem do Estado e para o Estado, com a cultura adquirida ao longo dos anos de proteção das mordomias e dos interesses dependentes do Estado, de que não se conseguem libertar, quando o que nós precisamos é de libertar a sociedade do poder burocrático e dominante do Estado.
Esta é a razão porque, contrariamente a mim, nunca combateram, criticaram ou sequer apenas divergiram, dos erros trágicos dos governos de José Sócrates. Criticam apenas os governos dos partidos de sinal contrário e mesmo assim mansamente.
Nenhum tem a experiência política e empresarial, nacional e internacional, que eu adquiri ao longo dos anos e limitam-se a representar as corporações e os centros de interesse que os apoiam. Finalmente, nenhum deles demonstrou a coragem, a determinação e, principalmente, a visão estratégica capaz de impulsionar Portugal para um novo patamar de progresso e de desenvolvimento. Aliás, fui o único que escreveu um livro e duas moções políticas sobre uma nova estratégia para Portugal. Estes três candidatos nem sequer deram a conhecer ao Pais as suas ideias neste domínio, se é que as têm.
Aliás a sua falta de ideias para o crescimento económico, para a criação de empregos e para o reforço do investimento e da posição internacional de Portugal, faz com que o seu discurso seja evasivo, vazio e chato. Sendo que a sua melhor qualidade é terem a proteção das corporações que dominam a comunicação social.


2 - O que vai fazer para reaproximar os cidadãos da figura do Presidente da República?
Combaterei pela mudança das leis eleitorais no sentido do voto nominal dos cidadãos, isto é, cada cidadão deve ter o seu deputado a que possa recorrer, além de que pugnarei pela limitação do poder excessivo dos partidos aumentando a concorrência, através da eleição para a Assembleia da República de cidadãos independentes.
Acresce, que unirei vontades para reforçar o poder e a independência das instituições da sociedade espalhadas por todo o País, que é a característica principal dos países modernos e desenvolvidos.


3 - De que forma pode o Presidente da República voltar a pôr em agenda e contribuir para a solução do problema da desertificação do país?
A desertificação do interior de Portugal resolve-se de três formas: crescimento económico, nomeadamente na agricultura, com incentivos para localizações prioritárias ao investimento privado; dar prioridade ao investimento público no interior; descentralização administrativa para o interior. O Distrito de Leiria é um bom exemplo de crescimento económico autónomo do Estado que deve ser copiado no interior.


4 - Como é que vê o território da região de Leiria no contexto nacional?
Como sabemos, o progresso da região de Leiria foi baseado em algumas características distintas: independência do Estado; forte nível de iniciativa empresarial de empresas pequenas e médias; economia fortemente diversificada, agricultura, indústria, pescas, turismo e serviços; fortes ligações internacionais resultantes da vocação exportadora. 
Neste contexto, um dos mais fortes elementos do desenvolvimento económico é a capacidade de colocar os empresários a falar uns com os outros, no sentido de melhorar o seu conhecimento comum dos mercados e das tecnologias, desenvolver a cooperação entre as empresas com objetivos comuns e desenvolver novos projetos complementares das suas atividades. Foi o que inspirei se fizesse na Marinha Grande, com excelentes resultados que ainda hoje perduram.

P&R Cândido Ferreira

“O futuro será ainda mais auspicioso se Leiria ajudar a colocar um leiriense na Presidência"



1 - O que o distingue dos restantes candidatos?
Os leirienses conhecem-me. Diferencia-me dos outros candidatos o facto de não lhes falar de teorias, mas sim de obra feita, à vista de todos: uma clínica referência que é visitada por gente de todo o mundo; uma consulta médica que foi sempre gratuita – muitos me chamam médico dos pobres – e que nunca teve listas de espera; uma empresa que foi a melhor do distrito de Leiria na classificação deste jornal; o meu desempenho na Câmara onde, sem nunca receber proventos, fui o único vereador, no séc, XX, que recebeu um louvor por unanimidade; a minha intervenção cívica em causas como a da proteção das crianças, dos idosos, da defesa do património, da cooperação com África, dos reclusos; e assim podia continuar por muitas mais linhas a enumerar passos da minha vida. Enfim, sempre mantive uma atitude generosa, sem precisar de levantar a voz ou de pisar os outros. Nunca ninguém precisou de esperar por mim e nunca olhei a “clubes” ou a “bens materiais”.

2 - O que vai fazer para reaproximar os cidadãos da figura da/o Presidente da República?
Continuar este meu percurso de vida, traduzido numa ligação muito estreita às pessoas e às grandes causas nacionais: contra o despesismo, o clientelismo e a corrupção; pela Justiça, pela educação e pela saúde, pela economia real que gera mais e melhores empregos, pela melhoria da auto-estima dos portugueses. Há tanto em que um Presidente da República se “entretenha”. E nós podemos!

3 - De que forma pode a/o Presidente da República voltar a pôr em agenda e contribuir para a solução do problema da desertificação do país?
Precisamente, procurando através do Conselho de Estado Social, que tenho vindo a propor, a definição de programas sólidos e duradoiros e o aumento do investimento público e melhores condições para o investimento privado. Esse é o caminho, a juntar à defesa da cultura e das tradições.

4 - Como é que vê o território da região de Leiria no contexto nacional?
Tenho dito e repetido que Leiria tem futuro. O futuro será ainda mais auspicioso, se Leiria ajudar a colocar um leiriense na Presidência. Apesar de discriminado pela comunicação social, nesta campanha tenho sido uma surpresa positiva, como todos os analistas isentos  reconhecem. Serei digno. Prometo não vos desiludir.