"Leiria ocupa um lugar subalterno no conjunto do investimento nacional"
1 - O que o/a distingue dos restantes candidatos?
Tanto no exercício de poderes de decisão, como no uso do diálogo e da palavra, assumo e assumirei o compromisso da opção pelos mais pobres, pelos explorados, defendendo a justiça social. É um compromisso que tem orientado toda a minha vida.
Defenderei um outro rumo para Portugal que comporte a valorização do trabalho e dos trabalhadores, de afirmação dos seus direitos, que combata a precariedade e o desemprego e aposte na melhoria dos rendimentos e condições de vida dos trabalhadores.
Assim, esta é uma candidatura que não só está profundamente comprometida com a Constituição da República Portuguesa como afirma que há um outro rumo e uma outra política capaz de responder aos problemas de Portugal, este é o principal traço distintivo da minha candidatura que decorre da sua natureza progressista vinculada aos ideais libertadores de Abril, à Constituição da República e ao regime democrático que ela consagra e projeta.
2 - O que vai fazer para reaproximar os cidadãos da figura do Presidente da República?
Defenderei o aprofundamento da Democracia como um fator imprescindível de desenvolvimento e transformação. A participação democrática dos cidadãos em todos os planos da vida coletiva, e na defesa dos direitos, liberdades e garantias, constitucionalmente consagrados, é uma pedra angular do reforço, do enraizamento e do aprofundamento do regime democrático.
Comprometo-me, entre outros objetivos, a promover a participação cívica e política e o diálogo com todas as organizações sociais e estruturas representativas das populações, dos trabalhadores, assim como com as organizações representativas da Diáspora portuguesa.
Simultaneamente o Presidente da República deve promover uma visão do regime democrático português que assenta na complementaridade das diversas vertentes da democracia, social, económica, política e cultural.
3 - De que forma pode o Presidente da República voltar a pôr em agenda e contribuir para a solução do problema da desertificação do país?
O grave problema da desertificação do país, a divisão entre interior e litoral, tem em Leiria um exemplo concreto que divide o próprio Distrito.
A contribuição do Presidente para combater esta ameaça à coesão territorial, social e nacional está claramente definida no quadro das sua competências, nomeadamente na exigência de cumprimento, por parte do Governo e demais entidades publicas, do preceituado na Constituição da Republica Portuguesa, no que se refere às tarefas fundamentais do Estado Português, Artigo 9.º alíneas “d) Promover o bem-estar e a qualidade de vida do povo e a igualdade real entre os portugueses, bem como a efetivação dos direitos económicos, sociais, culturais e ambientais, mediante a transformação e modernização das estruturas económicas e sociais” e “g) Promover o desenvolvimento harmonioso de todo o território nacional...”.
Assim agirei no sentido da mobilização dos diversos agentes públicos e privados e da promoção junto do governo políticas que através de uma aposta no sectores produtivos, na criação de emprego com direitos e na consequente fixação da população promovam o desenvolvimento do interior.
4 - Como é que vê o território da região de Leiria no contexto nacional?
O potencial do distrito de Leiria e a sua capacidade do desenvolvimento está condicionada e fortemente limitada. Arrastam-se há muito problemas nos mais diversos domínios, nomeadamente, nas áreas do emprego, da pobreza, da saúde, da mobilidade, do ambiente, da educação e de sectores da economia regional que urge resolver.
Problemas que exigem o reforço do investimento que tem sido sistematicamente negado, deixando Leiria num lugar subalterno no conjunto do investimento nacional.
Paralelamente exige-se a descentralização das políticas de desenvolvimento regional, através de Poder Regional com a Regionalização, garantindo na sua definição a audição das populações e da sua vontade.
Por outro lado é urgente a elaboração de um Plano Integrado de Desenvolvimento, com a participação dos municípios e dos agentes económicos, sociais e culturais do Distrito.
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