sexta-feira, 22 de janeiro de 2016
Cândido Ferreira em Leiria: "A campanha não correu bem e não vou ser eleito Presidente da República"
“Devem ter reparado que eu não fui um candidato do ‘caça ao voto’”, começa Cândido Ferreira num tom que já deixava antever as inúmeras críticas que tece depois, repetidamente, aos restantes candidatos. Esta sexta-feira, no último dia de campanha, depois de uma manhã em Leiria dedicada ao desenvolvimento regional e empreendedorismo, o candidato antevê os resultados no domingo sem qualquer pesar: “A campanha não correu bem e não vou ser eleito Presidente da República”, diz, “se não ficar em último já é bom”.
Num almoço em Leiria, onde marcaram presença o mandatário nacional, a esposa, o diretor do Jornal da Marinha e David Neves, presidente da Associação de Suinicultores do Concelho de Leiria, Cândido Ferreira lamenta ainda os critérios que diz terem sido “dúbios” da comunicação social. A manhã, dedicada ao empreendedorismo e desenvolvimento regional no concelho de Leiria, foi divida entre uma arruada e visita ao Mercado e as visitas à empresa GECO, Nerlei e ao Estádio Municipal.
Em Leiria diz não ter reunido todo o apoio “que queria”. “Não tive porque também não fiz nada por isso”, diz o candidato, “até porque ficaria extremamente caro”, acrescenta. Cândido Ferreira admite que a campanha lhe deverá custar “cerca de 60 mil euros”.
O candidato, lado a lado com David Neves, fala dos “problemas gravíssimos” que a suinicultura atravessa. “Também sou produtor de carne, sei bem do que é que falo”, diz o candidato. “Queria ter aproveitado esta campanha para dar visibilidade à crise que a suinicultura atravessa, em parte devida à falta de liderança do país, aliada à incapacidade que a classe política tem de enfrentar os desafios europeus na sua plenitude”, diz o candidato.
Sobre o Estádio Municipal de Leiria o candidato sugere que se revitalize o espaço que diz ser “vazio, oco e sorvedor de dinheiro”.
Na segunda-feira, se não houver segunda volta, garante ao REGIÃO DE LERIA pedir de imediato uma audiência ao Presidente da República, seja ele ou ela quem for, para a “criação do Estado Social”. “Tenho vindo a dinamizar esse conceito de Estado Social, composto por 80 cidadãos de ordens bastonárias, presidentes de associações académicas, reitores das principais universidades, entidades patronais e sindicais, das artes, da ciência”, explica o candidato. A ideia é que estas personalidades se reúnam de forma informal junto do Presidente da República, por sectores, e que aconselhem o Presidente da República nas diversas áreas. “A classe política, decididamente, não é capaz de o fazer”, acusa Cândido Ferreira.
“A campanha valeu a pena não pelos votos mas pelas iniciativas que aí vêm”, garante Cândido Ferreira.
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